MELANCOLIA

Aos poucos vou morrendo

Nessa agonia

Os dias se tornaram mais amargos

Confusos e sem harmonia

Várias dores atacam o meu indefeso coração

E sugam a cada dia que passa

A minha sensibilidade e emoção

Pelas coisas mais alegres desta nação

Queria poder mudar o mundo

Em minha volta

Trazer os bons momentos perdidos

De volta

Abrir-me e partilhar as minhas angústias

A crueldade do mundo

Suga-me a confiança

E a cada dia fico sedento por vingança

O ar tornou-se excasso e venenoso

Pela raiva que vem subindo como um vulcão teimoso

Que me arrasa e me deixa sombrio por dentro

Minha alma já está cansada

E meus olhos sentem o sono da morte

Pelo sufocante fardo, que meu corpo já não suporta

Num vazio solitário, sinto os silenciosos passos do azar

Querendo arrancar a minha pouca sorte

E sinto que para mim, nada mais importa

Não sinto mais prazer na vida

Pois quem sobreviveria nesta ausência de afeição?

Palavras duras e sem compaixão

Ou a cada insana traição

Quem nadaria contra às correntezas da descriminação?

E quem me salvaria dessa vemente maldição?

Poderia vender-me ao suicídio

Ou jogar-me no posso da escravatura

Para apagar cada memória obscura

Mas com a vida aprendi

Que nada é sem preço

E o ombro dum amigo

Pode limpar o espírito

E trazer de volta a paz que se perdera

Mandongue Jr
Enviado por Mandongue Jr em 13/02/2020
Código do texto: T6865216
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