ESTRANHO QUERER PERFEITO
Eu quero mesmo é sumir
Definhar nos rios de mágoas que me banham
Desaforar em prantos o meu óbito
E incendiar minhas entranhas
Eu quero mesmo é gritar
A cada gota que me sangra
A cada sentimento que ignoro
E me silenciar depois de assumir que sou santa
E o que quero mesmo é me desmontar
Fugindo em cada meu pedaço
Me rasgar de cada retrato
E descansar em minhas ilhas/paraísos
Daí esquecer do mundo que machuca
Da vida que tortura
E do desamor próprio que tanto luta...
E cair
E subir
E morrer
E viver
No estranho tudo que quero!