ABANDONO

Por que o meu porão sombrio?

Por que adormecido?

Desvendo meus segredos...

E lanço-me ao abandono...

Recorrente do perdão ilusõe me criei...

Falta de atenção me presenteei...

Nó na garganta que não sai...

Cheio de esperança pelo porvir...

Emoção lentamente se esvai...

Um caminhar à luz do dia...

Me fazendo sentir num triste abandono...

Destino travesso...

Hoje não me alegra...

Rua deserta...

Só sei que padeço...

Não sei se mereço...

Quem além de nós...

Conhece mais os nossos medos?

Um olhar vago...

Um sorriso calado...

O que diz o coração?

Sonhos impossíveis...

Aqui estou eu...

Nesse universo que não é meu...

Sandro Paschoal Nogueira

http://conservatoriapoeta.blogspot.com