Descaso

Não chores mulher

Tu tens culpas, muita.

Porém, não sou inocente.

Um pouco desta

Eu te compartilho

As lágrimas que envolvem teu rosto

A dor que angustia teu peito

Estas eu já conheço

Essas lágrimas já rolaram no meu

Essa angustia já habitou no meu.

Tudo o que tu sentes

É-me familiarizado

No lago dos amores perdidos

Há ilusões e sonhos imperfeitos.

Há também esperanças utópicas

Tu me julgaste sumariamente

Por erros que nunca pratiquei

Por palavras que nunca pronunciei

Por verbos que nunca conjuguei

Por coisas que nunca pensei

Na minha inocência tu nunca acreditaste

Entre nós o amor mais belo

Virou um descaso

Eu perdi, tu perdeste.

Hoje! Só nos resta saudade.

Eterna saudade

De um tempo onde morou a felicidade.

Nilton Pinto
Enviado por Nilton Pinto em 12/10/2007
Reeditado em 12/10/2007
Código do texto: T692012