Entre saudades, e tristeza


A vida tem sido dura, pra quem vive no sertão.
Por falta de chuva, perdi minha plantação.
Se a seca continuar, vou viver lá na cidade.
Levando comigo uma carga de saudade

Minha vida sempre foi aqui
Tirando da terra meu sustento
Deus sabe o quanto eu sofri
Mas é chegado o momento
De largar tudo o que construí
Já não agüento, tanto sofrimento!

Cada nova manhã, uma nova esperança.
Mal o dia começa, começa o meu sofrer.
Aquela terra cheia de vida é só lembrança
Dos tempos, que era só plantar e colher.

A semente queima no chão
Viver aqui é uma temeridade
Sem o trigo, pra fazer o pão.
A sobrevivência é, prioridade.
Sei que vai doer meu coração
E que vou chorar de saudade

Não é certo o que faço, fugindo para cidade.
Pois, sei que não vou ter a mesma felicidade.
E, a vida que tenho aqui vivendo na natureza.
Eu deixo, pra viver entre saudades, e tristeza.


Balneário dos Prazeres: 13 / 10 /2007