Sem bússola

A tristeza é isto mesmo

Um acto desesperado,

Um barco aguardando uma outra maré…

Uma busca inquietante

De uma urgente mudança

Um barco perdido no mar

Aguardando que o horizonte nos traga mudança…

Inércia que nos envolve numa outra alma

Inserindo e remoendo lascas nas feridas que sangram,

Preciso de uma proa ao vento

Para que amenize a minha dor

Cicatrize as minhas feridas

Levando a mordaça

Soltando-se o grito

Libertando a dor que em mim navega

Reflectindo a razão ao coração…

Esse porto de abrigo

Hoje sem bússola,

Sem orientação…

Perdido no mar sem proa,

Sem barco,

Sem ilha…

Sem corpo…a sós com a solidão!

Joana Sousa Freitas
Enviado por Joana Sousa Freitas em 10/11/2005
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