Exílio...
Mar fustigado
Doloroso me ver,
náufraga ...
Afundo.
Procuro um motivo
Pra quê mergulhar nesse vazio...
Estar nem água, nem terra
Farta, estar apaixonada
O desejo, os sentidos
Por baixo da pele
Nem paz nem amor satisfeito...
Pra quê?
Sorvida de ternura
Só enorme deserto
o quente da areia
Habitando silêncios...
Pra quê?...
Olhos colhendo o sol
Labirinto dos meus conflitos
Flertando com a utopia, creem...
Amanhã há de ser outro dia...
Só amanhã...
Pra quê?
O amanhã nem existe...
Mar fustigado
Doloroso me ver,
náufraga ...
Afundo.
Procuro um motivo
Pra quê mergulhar nesse vazio...
Estar nem água, nem terra
Farta, estar apaixonada
O desejo, os sentidos
Por baixo da pele
Nem paz nem amor satisfeito...
Pra quê?
Sorvida de ternura
Só enorme deserto
o quente da areia
Habitando silêncios...
Pra quê?...
Olhos colhendo o sol
Labirinto dos meus conflitos
Flertando com a utopia, creem...
Amanhã há de ser outro dia...
Só amanhã...
Pra quê?
O amanhã nem existe...
Ave Maria Gounod Trio Amadeus
https://www.youtube.com/watch?v=AURBqU2OwLg
Detagli
https://www.youtube.com/watch?v=8FiuwQXaKe8
(*) Imagem: Google
Detagli
https://www.youtube.com/watch?v=8FiuwQXaKe8
(*) Imagem: Google
SONETO XVII
(...)
“Amo-te como a planta que não floriu e tem
dentro de si, escondida,
a luz das flores,
e, graças ao teu amor,
vive obscuro em meu corpo
o denso aroma que subiu da terra.
Amo-te sem saber como, nem quando,
nem onde,
amo-te diretamente
sem problemas nem orgulho:
amo-te assim
porque não sei amar de outra maneira,
a não ser deste modo
em que nem eu sou nem tu és,
tão perto que a tua mão
no meu peito é minha,
tão perto que os teus olhos
se fecham com meu sono”.
Pablo Neruda