ESTRANHAMENTE HUMANA

Tem um grito

que eu guardo

num canto.

Ele dói na garganta.

Tem um toque que

a pele não sente,

que faz a alma gemer,

o olho escorrer,

o doce, amargar na boca.

Tem uma canção que

eu não conheço,

um beijo que eu não

provei,um avesso

que não sentiu o

meu...

Tem uma tarde,

que eu não senti

o vento no meu rosto,

acariciando o nosso

gosto,de existir.

Tem aqui,um barulho

estranho de gente

que pulsa,

que reage,

que lambe

a ferida...

Antes de partir.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 19/10/2007
Código do texto: T701487
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