ESTRANHAMENTE HUMANA
Tem um grito
que eu guardo
num canto.
Ele dói na garganta.
Tem um toque que
a pele não sente,
que faz a alma gemer,
o olho escorrer,
o doce, amargar na boca.
Tem uma canção que
eu não conheço,
um beijo que eu não
provei,um avesso
que não sentiu o
meu...
Tem uma tarde,
que eu não senti
o vento no meu rosto,
acariciando o nosso
gosto,de existir.
Tem aqui,um barulho
estranho de gente
que pulsa,
que reage,
que lambe
a ferida...
Antes de partir.