O Desabafo Abstrato do meu Eu

Alguns momentos parecem nunca passar

A sensação de estar sozinho sempre que precisa de ajuda

O desespero de ninguém te entender

A solidão de estar em um local cheio de pessoas e ainda sim sozinho

O vazio de sentir que te falta algo em seu interior

A melancolia de escrever os mais belos poemas nos piores momentos

De mesmo em sua casa seus pais serem desconhecidos

Pois nem mesmo eles compreendem suas decisões ou seus desejos e medos

Tudo é apenas uma rotina mórbida que caminha para uma depressão vívida

Onde mesmo o seu melhor sorriso esconde dores e angustias

Depreciações de momentos passados ou presentes por atos sempre julgados

Jamais serei feliz chego a pensar

Tamanho é o peso em meus ombros de atlas

Onde ando a passos tão lentos com os grilhões da sociedade

Com as algemas das obrigações familiares limitando e julgando meu ser

Que chego a pensar se estou mesmo a viver

Ou apenas descrevendo o meu sofrer

Pensando se existe destino ou se a ilusão do livre arbítrio faz sentido

Já que tudo que faço é de certo modo gerado pelo sentido da casualidade

Da necessidade

Onde isso é para justificar aquilo

Ou aquilo é o motivo disto

Que nada mais é do que consequência disso

E a saída final desse círculo não existindo

Apenas causa e efeito criando corredores sem fim

Tão bem feitos que a saída é apenas um sonho pregado por um ser superior em um horizonte muito longe dali...

Como é difícil continuar enfim.

Jony Mex
Enviado por Jony Mex em 29/07/2020
Reeditado em 29/07/2020
Código do texto: T7020663
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