O mendigo. A poesia e o amor.

Uma chuva caiu sobre meu peito

Na escuridão da minha mente

Surge uma grande serpente

No amanhecer da vida

Morro sem saber das alegrias.

Ressurjo debaixo de um viaduto

Sonhando que alguém por mim ficará de luto.

Nem sei o que é sorrir...

Mas sei o que é o nada...

Nada tão distante

Que para em um ponto que eu nunca tinha visto antes

Onde minhas forças não alcançam.

Sou assim mesmo

Um ninguém

Sem nome, casa, respeito.

Órfão de pátria e de família

Só...a rua que guia

E me faz agüentar outro dia.

Perdido entre becos e vielas

Dentro do peito a única coisa

Que ainda bate é dor

De não poder saber o que é o amor.