Autossabotagem

Minha mente insiste
Em me deixar triste
Pensando coisas terríveis contra mim
Como se não conseguisse fazer nada assim.

Sinto uma melancolia
Que arrasta meu dia
Ao ouvir uma suspeita
De que estou presa.

Meus medos estão descontrolados
Me prendendo em planos não realizados.
A ideia de ser tudo impossível
Me prende em uma corrente invisível.

Ou talvez esteja num cárcere horripilante
Ouvindo vozes exaltadas atemorizantes
Contra meu próprio mundo.
Me sinto num breu imundo!

Ou talvez esteja amarrada
Por cordas alongadas e apertadas
Ou quem sabe por camisas de força
Para conter minha vontade louca.

Preso meu coração
Numa densa escuridão
Onde deprimida não mais consigo
Ver um futuro por essa trava comigo.

Num dia desses, eu até consegui sair
De casa para sentir
A brisa da manhã do interior
E relembrar da simplicidade do amor.

Amo olhar o verde da grama
E o azul do céu que chama,
Pois a vida é muito mais do que os tempos predefinidos
Que gostariam mais é que sejam naturalmente sentidos.

Viajando por um tempo, eu consigo sentir
A brisa que me diz que a vida tem tantos rumos a seguir,
Mas me questiono em como me libertar para cada um deles experienciar,
Se a minha mente não quer parar de me autossabotar...

Beatriz Nahas
Enviado por Beatriz Nahas em 29/10/2020
Reeditado em 03/11/2022
Código do texto: T7099143
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