Meu medo

No silêncio do meu quarto, choro

conto as contas do meu terço

e oro!

Ouvindo o tic tac do relógio de parede.

enquanto o tempo devora

as horas que me restam...

sinto sede!

A vida esvai-se lentamente

e, vez em quando

te vejo!

Lampejos da memória esmaecida

quase esquecida

minhas lembranças

retorcidas...

Fantasmas, em voos rasantes

assombram minhas noites

risos tresloucados

de escárnio e dor

sobem pelas paredes brancas

sem nenhum pudor...

Figuras fantasmagóricas

num ballet surreal

então, meus olhos fecham

num cansaço quase mortal!

A lembrança dos nossos corpos

momentos de frenesi e paixão

embalam meu sono sem sonhos...

lembrando que não sou imortal!

Nana Okida
Enviado por Nana Okida em 04/11/2020
Código do texto: T7103981
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