Perdição

Mais uma vez sozinho

Mais uma história pra contar

Por que a flor que me acenou no caminho

Não era minha

E eu não pude parar nem pra cheirar

Mais um “por que” pra me assombrar

Menos uma história pra escrever

Amor atemporal

Mais um vazio pra tentar preencher

Não a magoei

Não negligenciei

Nem tive tempo pra isso

Mal decorei seu sorriso

Eis a hora em que o poeta se perde

E o palhaço engole seco

A lágrima que teima em rolar

É por bem que a tempestade ora ou outra acaba

A caneta calada

A lona baixada

A luz apagada e o cigarro aceso

Uma jaca no estomago e o coração preso

Nada distrai, nem mesmo o medo

Que há muito não vejo

Espreitar os meus portões

A morte entre os meus dedos

Desenha no ar um segredo

Que guardo a ferros em meus porões

O quanto posso ir além

Tendo chegado até aqui

Mas como seria melhor

Se estivesse junto de ti

Anjelus
Enviado por Anjelus em 27/10/2007
Reeditado em 20/01/2013
Código do texto: T711798
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