Peso
Pesa a caneta e a tinta,
Mais de uma tonelada.
As mãos quase sem forças,
Abatidas, desiludidas... Cansadas.
Peso este da tristeza,
Da amargura e solidão.
Peso que alma transforma em versos,
Escritos com o coração.
Embora se busque,
Certamente entendimento não há.
Então rascunhem-se em palavras,
Tamanha carga a se carregar.
E assim passam as horas,
Mesmo com o relógio quase a parar.
A alma desfalecida,
Já não mais pode suportar.
Crava-se a caneta ao papel,
Quase a mesa a se cunhar.
Cada verso nele descrito,
Sem que nenhum se possa apagar.