Aqueles dias

Oh! Quão bela e formosa é a noiva do rei!

Exaltada e gloriosa, em seu amor declarado

Elevada e guiada pelo soberano amado

Adornada com graça. Em sua pureza exultei!

Do rei, a noiva, é tão bela e tão formosa!

Pelos amigos do soberano, cuidada e ajudada

Diadema e vestido, joias! Não lhe falta nada.

Segura aguardava o régio noivo, esperançosa.

Ai! Mas eu vi a noiva do rei flertando!

A avistei de namoros com ímpios amores

De patentes tão baixas, de lábios impuros.

Ludibriadores da noiva, em falsidade falando.

Ai! E vi amigos do rei, tudo isso alcovitando!

Aceitando o engano que antes denunciavam

Envolvidos no erro contra o qual esbravejavam

E mais que encobrindo, alguns incentivando.

Ai! Eu vi a noiva do rei em elogios falsos envolta

Porque talvez chegaram os dias frios do amor,

Multiplicada a iniquidade talvez a noiva cansou

De aguardar. E despindo está, do matrimônio a roupa.