Elegia de Ano Novo

O Ano Novo nasceu morto

O Ano Novo nasceu torto

Que, de novidades, não tem nada

Vês? Trata-se de nada mais que um aborto

Sangueira mal estancada, água parada

A dor em seus estertores

A soma de todas as tragédias anteriores

Que hão de repetir-se, fatalmente

Pelos próximos trezentos e sessenta e cinco

Dias do ano

Esperança? Só há engano!

Só há ex-perança...

Sergio Vinicius Ricciardi
Enviado por Sergio Vinicius Ricciardi em 31/12/2020
Reeditado em 24/01/2021
Código do texto: T7148405
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