Carnaval do Corona

Passeio pela cidade maravilhosa vazia em pleno fevereiro

Num misto de tristeza e saudades do Carnaval.

Vejo uma cidade em lockdow total,  vítima do Corona vírus.

E recordo dos blocos e escolas de samba

Que traziam alegria para está cidade .

É uma atmosfera diferente em pleno fevereiro,

Sem o carioca na rua fantasiado.

Em tempos pandemicos a máscara é obrigatória,

Não como fantasia ou adereço,

Mas para proteger sua saúde.

Admiro uma Marques de Sapucaí fechada, abandonada sem os carros alegóricos.

Em plena segunda feira de carnaval.

Ao passear pelo subúrbio carioca, vejo uma criança solitária fantasiada de bate bola,

E recordo da alegria de outros carnavais.

Onde nos reuniamos em grupos de bate bola

Saindo de Marechal Hermes rumo à Madureira.

Ah, Madureira !

Que tristeza passar pela quadra da Portela ou da Império Serrano fechados ,

Sem as tradicionais feijoadas , ou de suas musas sambando.

Que saudade dos ensaios de mestre sala e da  porta bandeira na rua.

E dos estantarde de outros carnavais.

Aquele brilho intenso do Rio em pleno fevereiro,

É trocado por um dia cinzento e quieto,

Sem o tantam enfurecido a convidar a sambar.

Dentro de casa, admiro algumas pessoas fantasiadas no prédio à frente

Tentando sobreviver ao carnaval do Corona.

No enredo desta poesia não há nota dez de alegria,

E o zero de harmonia rebaixa o carnaval deste ano.

Não entendi o enredo deste ano triste.

Desfilando na passarela da ilusão de tempos melhores.

Gastei  a subvenção destas letras,

Na esperança de um carnaval no futuro

Vacinado .

Desfilando sobre aplausos da ilusão

Sem samba, Sem amor , Sem abraços

Apenas confinados em casa.

Destinando  meu coração embriagado pelo placar do vírus.

Que parece ganhar de goleada.

Na apuração deste carnaval perdemos todos,

Na esperança do ano que vem a alegria volte à reinar.

Desfilando nesta passarela da solidão,

Fomos rebaixados  para o segundo grupo do Carnaval.

Desclassificando  o carnaval deste ano,

Nestes quatro dias

Que parece uma eterna Quarta feira de cinzas.

Onde todo o País chora no carnaval do Corona vírus,

Parecendo que somos como Pierrot sem Colombina

Chorando no meio do salão.

Autor O Amante das Palavras. 

O Amante das Palavras
Enviado por O Amante das Palavras em 15/02/2021
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