CÁRCERE

Cárcere

É lembrança contida

Forte e letal, na qual

A alma é invadida

Pelo caminho torto

De esperança

Quase sempre perdida

É sorriso sem conforto

No corredor seco

Onde a areia se levanta

Acabando com o verde

Que a visão não alcança

E o ser anda como que morto

Vêem a luz tão opaca

Quanto parece

No olhar caído

Em caminhos

Onde o coração se endurece

Passado que mais culpa

O presente

Do que boa ância

No por vir

É pouco de vida

Que no dia

Um sorriso

Um carinho

Lhes dá luz

Na noite

Ao dormir

Aluísio Bórden
Enviado por Aluísio Bórden em 01/11/2007
Código do texto: T719146
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