CÁRCERE
Cárcere
É lembrança contida
Forte e letal, na qual
A alma é invadida
Pelo caminho torto
De esperança
Quase sempre perdida
É sorriso sem conforto
No corredor seco
Onde a areia se levanta
Acabando com o verde
Que a visão não alcança
E o ser anda como que morto
Vêem a luz tão opaca
Quanto parece
No olhar caído
Em caminhos
Onde o coração se endurece
Passado que mais culpa
O presente
Do que boa ância
No por vir
É pouco de vida
Que no dia
Um sorriso
Um carinho
Lhes dá luz
Na noite
Ao dormir