Lágrimas por Paris
As dores que borbulham coralinas no mundo velho;
Retratam a pequenez da alma humana encardida;
Impositiva e dominadora rasga-se o grelho;
Na ânsia da vingança que urge em ser cumprida.
Na terra da liberdade, agora lúgubre e sombria;
Escorrega a surdez das sirenes toda esperança;
Como a clamar a Deus toda inópia que se expia;
Ao fardo como presente recebido de herança.
Seus herdeiros cúmplices agora inocentes;
Desfrutam do amargo gole da imprudência;
Em deságue de incúrias suicidas mais frequentes;
Como a clamar o amor em advertência.
E pela chaga do imperialismo cultuado;
Resulta em ódio milenar e insana loucura;
Animado na alarvaria do terror incansado;
Sucumbe toda fé e rasa candura.
Teremos sonhos pós hostis atendados?;
Perdemos um pouco de nós pelas vidas roubadas?
E nem sequer merecemos sonos atormentados;
Pelas vidas perdidas as nossas foram atadas.
A lição nasce injetada em superdoses;
Na carnadura frágil nem tampouco fiel;
Que jaz fétida no asfalto das psicoses;
A emudecer o Louvre, a esconder Eiffel.