Insone.

A vida parece não mais fazer sentido.

Contudo, há que dormir, por algumas horas esquecer.

A dor impede, a garganta aperta feito torniquete.

Sente as paredes se aproximarem, sufoco.

O silêncio repercute, há que ter uma voz na extrema solidão.

Choro contido, mente partida, coração dilacerado.

A dor corrói,

Destrói,

Feito a faca que remove feridas.

A dor cava novas

Feridas.

Quer dormir,

Sonhar com nuvens coloridas de algodão,

E verdes campos verdejantes de emoção.

A Dor,

De novo invade o coração,

Que aperta feito torniquete.

Sangra o peito, o grito não sai...

Regurgitou pesares e engoliu as nulas esperanças.

Sente as paredes se aproximarem,

Quer gritar mas está muda...

A solidão cala a voz, mata a esperança, destrói os sonhos.

Engole o choro, engole o grito, vomita sonhos, revira-se na cama, e as paredes se aproximam perigosamente.

Jeanne Geyer
Enviado por Jeanne Geyer em 04/05/2021
Código do texto: T7248324
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