TÂMARAS
 
 
Sementes espalhadas pelo chão,
Caídas da árvore da vida...
Um apelo de irmão para irmão,
A dor na mão aflita.
Bendita paixão que acolhe,
Enquanto a morte recolhe
Aquilo que se perdeu...
Maldita ferida aberta,
A lágrima caindo certa
Pelo que já não é meu...
 
Quando eu não mais estiver,
Ou quando, por fim, vier
A luz, sem eira nem beira?...
Quem sabe, quando nascerem
Crianças, ou germinarem
Sementes das tamareiras?

 
Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 25/05/2021
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