Reflexão em meio ao sanque

Sobre mim um pecado

algo que ninguém entendi

um sofrimento intocado

a dor, o ar sufocado

Presença negra em mim

o ódio crescente

um vento negro cortante

uma lótus rara de sangue.

Sangrento segundo final

o último, o único,

a lâmina enegrecida pelo sangue

pela dor única da vida.

Cada corte um sofrimento

algo a menos para me preocupar

Pele sangrando olhos vermelhos

o último de mim

mais um final.

Voua corvo da morte

olhos negros demonstram o fim

esquece o passado por um momento

o vento cortando na asa do ser.

Explosão de ira e dor

o corvo não voará mais

seus olhos leitosos mortos

um dia levou a morte

agora a morte o leva.

lágrimas e sangue se misturam

ergo-me o corpo ensanguentado

entre medo e trevas

caminharei novamente

até o reencontro com a lâmina da morte.

Sem Nomes
Enviado por Sem Nomes em 07/11/2007
Reeditado em 25/04/2009
Código do texto: T726910