JANELA TRISTE

Nem o sol de cima do andor no meio dia

Consegue fazer brilhar o seu olhar

A tristeza no chão lhe atrai, ofuscando o dia

A sua frente te lembram lagrimas o verde mar

Chega a noite prateada arrastando seu grilhões

As horas se arrastam feito procissão

As estrelas fazem festa, canta o rouxinol a plenos pulmões

Cabisbaixa te vejo, feito estatua congelada no portão

Não sei o porque dessa sua melancolia

Não sei se ela existe ou é apenas poesia

Apenas vejo sua tristeza emoldurada

Inerte na janela tendo uma vista privilegiada.