Setembros

Há setembros que nunca me deixaram

Há feridas que nunca se fecharam

Há memórias que aprendi a lembrar

Há folhas que deixei secar

Há silêncios ensurdecedores

Há cores que são mortas

Numa vitrine de dores

O relógio nunca para

Rugas se misturam ao lamento

Meu sol sustenido fazendo fermata

Conto travesseiros em meu singular

Acordes acordam meu desacordar

O corpo discorda, pede pausa

A fé ferida insiste em ficar

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Karina Santoz
Enviado por Karina Santoz em 02/09/2021
Código do texto: T7333806
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