DORES INDIVIDUAIS

Você que me vê e não me enxerga com os olhos

E rompe a sétima dimensão

De minhas dores alucinógenas

O círculo vicioso se fecha

Implode meus órgãos sentimentais

Sou um ermo sofrível

Em uma zona incurável

E não me deixo transluzir

Sou errante veraz

E tenho impregnado no sangue

A decadência individual

Encarcerado imutável

Em um instante – único

Onde não tenho forças

O amor é essa substância – mortal

Putrefou minh’alma

E reluto cantando a melodia

As dores individuais que possuo

Não é de nenhum ser

São consumidas pelo meu eu

E são somente minhas.