Poça

Olhar pro céu

Olhar pro futuro

Olhar pro seu olho

Olhar no escuro...

Porquê chorar sem querer?

Porquê querer sem amar?

Porquê amar sem conhecer?

Não... há algo de errado...

Ainda há um sonho se repetindo

Uma voz que insiste em não calar

Um amor que mesmo morto

Insiste em ressuscitar...

A incoerência de um louco

Que só aos escolhidos é concedida

A procura de um novo mundo

Que só aos sábios não é permitida

insensato

incenso

inseto

imenso

A poça já se formou.

E só vejo as ondas vermelhas

Das gotas batendo

Suave veneno

Não! sou só mais um!

Quem sabe outro?

Quem sabem nenhum?

Quem sabe nem sou...

O tempo traz a calma

Que indica que tudo passa

Que incita a nova desgraça

Que fere novamente a alma...

E a poça já se formou.

E só vejo as ondas vermelhas

Das gotas batendo

Suave veneno...

Emanuel Henrique do Prado
Enviado por Emanuel Henrique do Prado em 14/11/2007
Código do texto: T737132