Prazer é um falso deus

Estas sereias

Tiram-me de minhas areias

O insignificante, elas permeiam

O propósito, elas incendeiam

O límbico, elas rodeiam

Seus beijos

São os freios

Que me tiram recordações

De freixos

Surrupiam-me os eixos

E meu talento, eu deixo

O rugido de Poseidon

Amedronta tal qual

Megalodon

Desvia meu curso

Chama-me de jagunço

Destino meu, bagunço

Este culto ao prazer

Vulto, incita ao desfazer

Puxa-me fundo, para que eu possa

Desconhecer

Mal do mundo, devo desmerecer

Enxuto, amaldiçoado ao esquecer

Vedado em luto, luz que brilha ao mar

Não posso ver

Senescer

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 04/12/2021
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