MORRENDO DE TRISTEZA...
Enfim a última luz se apagou
Não estava mais agüentando
Aquela luz piscando
Do edifício ao lado
No centro urbano de minha vida
Não queria testemunhas
Para a minha solidão
Para o tormento dos excluídos
Não queria piedade, dó
Queria ficar sozinha
Nesta madrugada onde
A tempestade é anunciada
Não quero vestígios
De sobras de felicidade
Não contentarei-me com migalhas
Tão pouco quero ver o sol
Que apontará no horizonte
Daqui algumas horas
Meus olhos inchados por lágrimas derramadas
Não suportaria a dor
Pegarei o primeiro táxi
Sem rumo certo
Só não quero ficar aqui
No alto deste prédio tendo esta sensação
De querer mais a morte do que a vida