UMA MÃE CHORA UM FILHO TODOS OS DIAS

Chorei tempestade em copo d’água

E guardei no peito o livro que descreve o seu olhar

O leio com os olhos fechados de sono profundo

Todos os recados em rubro-letras derramados

Não. Isso nunca nos acontecerá.

A bala se perdeu ao seu encontro

E seu corpo sujou a minha esquina

Esquina que a saudade dobra contemporaneamente

O brilho do seu sorriso caiu entre o poste e o jardim da minha mente

E a primavera se fez triste

Perdoei tanta maldade

Mas a saudade...

Esta não tem perdão

Lava minha face dia e noite

Cravando tatuagem entre as veias do meu coração

É foto sua sorrindo, pedindo beijo de boa noite

Hoje se perdera foi em vão

Escorro lembranças entre as artérias do meu corpo

Acelero os batimentos quando o ouço

E respiro a certeza

De que descansas em paz.

Clebber Bianchi
Enviado por Clebber Bianchi em 19/11/2007
Reeditado em 19/11/2007
Código do texto: T743397