UMA MÃE CHORA UM FILHO TODOS OS DIAS
Chorei tempestade em copo d’água
E guardei no peito o livro que descreve o seu olhar
O leio com os olhos fechados de sono profundo
Todos os recados em rubro-letras derramados
Não. Isso nunca nos acontecerá.
A bala se perdeu ao seu encontro
E seu corpo sujou a minha esquina
Esquina que a saudade dobra contemporaneamente
O brilho do seu sorriso caiu entre o poste e o jardim da minha mente
E a primavera se fez triste
Perdoei tanta maldade
Mas a saudade...
Esta não tem perdão
Lava minha face dia e noite
Cravando tatuagem entre as veias do meu coração
É foto sua sorrindo, pedindo beijo de boa noite
Hoje se perdera foi em vão
Escorro lembranças entre as artérias do meu corpo
Acelero os batimentos quando o ouço
E respiro a certeza
De que descansas em paz.