Remadores
Já não sei mais se farsa ou auto,
Dança ilógica de grandes macacos
Ao ressurgir do globo em chamas,
Chorando as dores dos acasos.
Vítimas de percepções errôneas
Felizes em sua ignorância podre
Consumindo a carne semelhante
Em risos torpes dados pelo odre.
Que bela coisa inútil aqui temos.
Morte àquele que não vê o que vemos.
À eternidade vão porque queremos.
Banhada pelo sangue que vertemos.