Rosana ali

Quis ver-lhe dançar; negou-me a dança

Quis pegar em tua mão, mas não me deste

Quis secar a tua lágrima; sorriste

Quis olhar o teu sorriso, mas escondeste

A rosa de Minas não floriu mais

A rosa de Minas, não mais amou

Permaneceu quieta na relva

Não abriu pétalas, não rodopiou

No teu corpo não mais tocam as mãos do amor

No teu leito repousa a lua

Tuas costas frias de luar

Tua face fria de chorar

A rosa de Minas não abriu mais

A rosa de Minas não mais sonhou

Permaneceu botão, sempre serena

O sol se foi, a lua ficou.

Rosana, ali no alto nasce a vida

Rosana, ali no alto crescem as flores

Nascem cravos para despedaçar

Nasce o amor e suas dores

Rosa de Minas, deixa nascer o amor no teu peito

E morra de tanto amar

E morra de tanto sofrer

E morra direito.