Órfãos de Deus

Ditamos regras, soluções...

Fazemos guerra, revoluções...

Alimentamos crianças com fome

Depois matamos seus pais...

Somos Homens!

Cada qual, dono de seu nariz

Somos “mentor e aprendiz”

Cobaias de nós mesmos

Presos por armadilhas

A esmo!

Somos pobres seres infelizes

Amarrados pelas raízes

A busca de evolução

Nos devolve às origens

Viramos “cão”!

E quando estamos desesperados

Com pavor no rosto estampado

Então lembramos de Deus

Que ele existe, que tudo assiste...

Que olhe os seus!

E mesmo sem ter decorado

Rezamos, alucinados

Alguma oração antiga

Que nos devolva a esperança

Pela vida!

(Antologias "Grandes Escritores de Minas Gerais"-RJ e "Poetas

Brasileiros Contemporâneos 6"-RJ )