ela
Ela faz música.
Ela pinta quadros.
Ela toca piano.
Ela escreve poesia.
Dança, Música, Escrita.
Dotada e Corrompida.
Ela disse, disse que eu, tinha que pagar pela sua dedicação em mim.
Então eu aprendi a tocar, desenhar, dançar.
Sua geração é falha e pobre!
A minha é alta e nobre.
Eu sei eu sei... Eu senti e eu vi.
Em baixo das sombras, dentro do coração de gelo. O medo e pavor.
De perder o controle.
Do seu brinquedo.
A marionete salta para cá.
Vira para lá.
E eu posso enxergar, o nobre público que a saúda tumultuado.
Aplausos e aplausos.
Sua criação é tão linda, seus olhos são tão ...
Sinuosos.
Eu me controlo, pra não cortar suas cordas. Me contento com seu olhar de reprovação.
Mesmo assim, mesmo com suas mãos me guiando, ainda não sou boa o bastante?
Se eu fui quebrada.
Quando você foi concertada?
Suspiros e suspiros.
Mamãe você sabe... Eu deveria ir embora agora.
Para dentro da minha caixinha.
Onde eu, durante algumas horas de sono posso sonhar e acreditar.
Que eu não preciso fazer tanto, ser tanto.
Para ser por ti adorada.
Como se fosse....
Sua filha amada a quem podes ser devotada.