Boneca de pano,

que parece desânimo,

cor azul de fundo,
mulher de dois homens,
heroína de desastres,
afoita guerreira,
das contendas insanas
das noites

que não consigo acordar.

 

Deusa! - fica comigo!

 

Mulher de jardins,
faz romance de flores;
mulher do mundo,
não faz acordo com homens.

 

E que seja agora!

 

Desfaz teu orguho
e tenta me abraçar
como se apaixonasse
de novo
por um pássaro ferido,
por um homem - de todo -
que sem você já viveu,
mas que agora,
é ânsia de espera
por um dia você voltar
e me abraçar.

 

Assim como se faz o ninho -
borda-se o sonho!
Igual a uma história de amor
que termina com nós dois.

Coisa simples de dizer:
um sem poder viver sem o outro! 

 

José Kappel
Enviado por José Kappel em 11/07/2022
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