Cadáver andante
[...] A vida se desfez bem diante de seus olhos sórdidos, aquela alma nefasta em breve iria se esvair.
Pouco a pouco juntava o que restou de si para tentar soerguer-se e deslumbrar uma perspectiva alternativa à sua vida.
Tudo o que tocava não possuía mais cores, era um vazio em que não se via fim.
Notava-se o amontoado de ossos que o compunham-podres e fedidos- mas nada se havia de fazer a respeito.
Afinal, não se pode salvar alguém de si mesmo.
Naquele instante a vida continuaria, não se sabe porém, se o pobre homem realmente viveu.[...]