Olhos vazados
Hibernal
insana tormenta
veias de arame
nos silêncios
se exanguem.
Grãos em angústia
de chuvas,
que podam flores,
destroem criaturas.
Horas tristes
das pálpebras em arcadas
de lendas de águas vivas.
O olhar sempre de partida
para o nada.