O morto
"Apenas abrí los ojos, ahí estaban ellos, los muertos
ignorantes todavía de su propio morir"
Mónica Velásquez Guzmán
Subindo os prédios da loucura, ouvi teus passos
E estavas belo, como na noite em que partiu
Nem teus olhos negros, nem tuas asas de anjo abriram-se
Eras o cego dos meus sonhos,
Minha história escrita por mãos firmes
No meu corpo teus dedos e no meu rosto a lágrima.
Absorto estava no teu voar que partiu
Partiu sem pensar em nada, nem em mim
Que aqui fiquei a fitar teus olhos mortos
Tua boca de veludo roxo, teus dedos
Teu peito que cheira à flores
Onde sepultou meus sonhos.