Desesperanto

Sabe quem sou quando sinto desespero?

Sou punhado de vergonha, mural de tolices,

Sou choro sem consolo

E consolo sem colo...

Sinto ingratidão invés compaixão

Sinto que a vida acabou

E que a alma de fato, me abandonou...

Esquartejo a sanidade

Para cortejar de vez a invalidez

Exagero na desgraça

Para ter de graça, morbidez

Morreram meus conselhos,

A troco de algum segundo em paz

Para o diabo todos os santos,

Que esqueceram meu sofrimento

Ao léu do céu sem pai...

Cristo,

Me perdoe, mas é isto...

Desespero é tudo o que realmente sinto.

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Morfologia:

Desesperanto = Desespero + Esperanto (tipo de linguagem) = Linguagem do desespero