A lavratura do silêncio
me impõe regras,
mas não exige fidelidade
nem de parentes!
É parte do trato, de esmero
entre eu e a donzela dos três
vestidos;
ela me isola
em seu pórtico de luzes
sem brilho e, eu,
apático,
guardo com ternura,
o que seria de mim
meu primeiro
amor!
Mas tudo virou regras
e assentamentos de
promessas!
Hoje ela vive dispersa!
Escrevendo versos
nas areias do tempo
e, sozinha, chora
por não possuir.
Eu, fruto só de
desejos,
e pensamentos,
abraço a dor,
de quem éramos
e, agora,
aflorado e sem perdão,
do que não somos !