Copo Inerte

Dava pena ver,

Uma cena lamentável,

Um homem bêbado,

Com um copo falava.

Pareciam velhos amigos,

O homem, o copo fitava,

E então desabafava,

As dores de sua paixão.

Muitas lágrimas jorravam,

A sua face inundada,

Ouviam-se soluços,

Era uma dor nefasta.

O copo ali, inerte,

O homem insistia, perguntava,

Queria saber de sua amada,

Mas o copo, o ignorava.

O homem sem esperanças,

Ao copo suplicava,

Em goles de desespero,

Descontrolado, agonizando, jazia.

Suas forças se exauriam,

Suas mãos trêmulas, debruçou-se,

Sobre a mesa, desfaleceu-se,

Um flagelo, e o copo inerte, assistia.

Samu Franco

Samu Franco
Enviado por Samu Franco em 29/08/2022
Código do texto: T7593499
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