VIDRO

Papel de parede pintado com rosas vermelhas

Sobre medida para um amor sem fim

Refletindo num chão de vidro os poemas

Que nunca tiveram um fim, porque, eram perdidos...

Escritos sobre medida para nós entre o vós em voz

Letra por letra, palavras de corpo e alma

De coração para coração como numa singela canção

Com a ponta dos pregos e a coroa d’espinhos

Cravejados nos nossos corpos suados, molhados...

Mas, cactos de ventos d’almas perambulando

No ar sem ar pelo vento seco dos mares

Como resto d’amor morrendo no jardim

Pela poeira dos vidro de palha espalhados nas figuras

E, na sala de estar, que não está decorada

Portas retrados de sangue,

Sobre o tapete dos corredores, vidas divididas

Sombras de areia nas cotinas em sombras

Que voam sobre o tempo desse tempo

Que teria amado nos sarros entre sussurros

De quem rolou bêbado em Roma

Gemendo de frio

Jamais Paris viu a torre Eiffel

Suspensas em cada quebra luz do terraço

Que de graça inspira poetas sem gracejos

Com seu dilemas como disse Satre, o filosofo

Pela clave de sol, dó, fá... Musicalidade nos ventos

Bobagens de perdas e danos são miragens

Ó vida, que de Nice vai-se a Lisboa

Pelos portos do Porto

Com violas dos tiros, cortes de tesouras, facas...

Morte sobre o Sena para não dizer Lagoa

Do Ariano Suassuna pelas canções da França

Da bela Katia de França entre rios

Paraíba e Senhauá

No mar do triste fim dessa poesia

Na casa de João e Maria.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 01/10/2022
Código do texto: T7618143
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