Solidão
Seu choro em pranto,
minha mente roda,
gigante espanto,
disse que seu amor foi embora.
A musica se torna muda,
seus olhos gritam ajuda.
Rara empatia,
Já fazia muito tempo,
Que vivi longe disso
(muito longe disso
Aquele eterno segundo,
de um rosto desesperado,
disse-me quase tudo,
mesmo mudo. Mudou meu mundo
Nem o beijo,
nem a dança,
nem os abraços,
nem os olhares.
De tudo esse segundo,
Eterno, surdo, quase cego e mudo.
Só um rosto em foco, triste,
e o sentimento mais pesado que existe.
Eterno segundo que olhei os seus olhos,
plenos da sensação de abandono,
expressei naquele abraço,
todos os dias que esse sentimento
me tirou o sono,
abandono,
Pai da minha poesia,
Pai da solidão,
Ceifador da alegria,
mais uma vez, se encontra em meu portão.
Me espera com paciência,
E disposição,
de ficar pra sempre.
ali