Destino Em Turbilhão

Sorvo segredos

No copo das despedidas.

As bochechas de abismo

Abrigam a fuligem do beijo

Dos anjos caídos.

Construo muro de ausências...

Meus fantasmas

Fumam a si próprios.

Meus medos

Enfrentam a insônia.

A noite tomba

Como sombra

Ferindo meu imaginário

de manchas e mágoas.

Na sombra do mistério

Inflamam-se músicas

Que preenchem

Meu recôndito espasmo

O destino em turbilhão

De ser triste poeta.

Luis Felipe Saratt
Enviado por Luis Felipe Saratt em 03/12/2007
Reeditado em 04/10/2008
Código do texto: T763415