Poema Morto

As palavras silenciaram-se na penumbra

Naquela manhã de outono, de folhas caindo

Sobre a grama verde e macia do bosque

Meu olhar letárgico, percorre o recinto em

Buscar de algo, algo mais que o silêncio. mas

Nada há o que se encontre entre o silenciar das

Palavras e a contemplação do nada

As lagrimas, insistentes lagrimas não cessam a

Sua insistência, e na garganta esse nó, que me

Amarra ao amargo desespero da insueta presença

Dos olhos teus

Minha procura não logra êxito algum, ainda que

Eu refaça meus passos por entre as memorias que

Que um dia me trouxeram você, e calo outra vez

Naquela manhã indigesta, sem palavras e sem afeto.