Solidão, és tu?

És tu, que buscas

encontrar-me?

Por acaso, não aprendeste

que de ti só quero distância...?

Por que esta ânsia,

de vir ao meu encontro?

Para lembrar-me que a dor

existe no peito, que chora o amor?

Não, Solidão, toma tendência,

sem minha anuência

jamais voltarás aqui...

Para perturbar

a quem não te quer...

Sou mulher,

sou poeta,

sou amor

e tudo porque

me desfiz de ti...

Solidão,

tu magoavas meu coração,

tanto e tanto,

que eu pensei em morrer...

Por que viver

se, apenas, tu

me fazias companhia?

Por que, Solidão,

ainda, pensas em mim?

Vai, segue teu caminho,

te desprende de minha vida...

És bastante atrevida,

quando pensas em encontrar-me?

Adeus, Solidão!

Em meu coração,

nunca mais te darei abrigo...

Contigo, confesso,

não quero mais estar!

Por isso, peço,

não tentes me amar!...

(às 10:28 hs do dia 04/12/2007)

Mariza Monica
Enviado por Mariza Monica em 04/12/2007
Código do texto: T764257
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