ACRÓSTICO
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Madrugada
Pensamentos me afligem
O corpo e a memória
Turbilhões de recordações
Impedem-me de dormir
Levanto-me
Vou para a janela
Sinto a indiferença da rua
Que agora dorme
Indiferente a minha solidão
E ao latido do cão
Que lá fora uiva
Minha alma está contrita
Os olhos pedem passagem
Para a tristeza que se faz presença
Nas gotas quentes das lágrimas
Que por meu rosto desce
O que existiu ontem
Já não existe hoje
Preciso me habituar a sua ausência
Não mais ouvirei de seus lábios
Palavras direcionadas a mim
O seu afastamento será a resposta
Que terei como companhia
Nos dias que se arrastarão
Na minha existência vazia
Como viver sem ouvir o som de sua voz?
Sem receber sua presença
Que faz sentir-me viva?
Você me acostumou mal
Fazendo-me novamente acreditar
Em ser feliz um dia
Essa madrugada será o espelho
Do que serão os restos de meus dias
Antes morrer de qualquer morte
Do que ter que viver
Sem ter você
Para compartilhar a vida
-caritasouzza-
05.12.2007/3:00 horas