Chave de portal

Uma ode para o canto interrompido

Que à taça derramada de amargura

Transformada num memorial eterno

Negativa a face dum perdido outrora salvo.

Feito quem pega uma chave de portal

Vê-se puxado interiormente para baixo

E sob os restos mortais de seus antepassados

Aterrisa já caído e mui cansado.

E os olhos mortais de um basilisco

Sua ignorância é incapaz de enfrentar,

Tem boas idéias cujo fim é sem bom cabo

E se alguém forte é avistado, se alivia.

Diante da morte já rendido fecha os olhos,

Pagando em vida a sorte infame que buscara

Com a sombra fraca desta vida não rompera,

E vê se util só quando abre a caretira.

Pobre do pobre, o de alma altiva

Que estando nu, nunca perde a auto visão,

Que perde tudo mas não perde a razão

Olhando a morte como rápida punição .

Lirianna
Enviado por Lirianna em 20/12/2022
Reeditado em 20/12/2022
Código do texto: T7676178
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