“Oizus, minha velha e única companhia…”

Olá tristeza minha velha amiga

O que devo à sua companhia?

Traz contigo essa esmagadora calmaria

Que meu peito aperta feito uma antiga amante minha

Que toda a saudade dos tempos simples desapareça

Ou toda a cobrança que meu lado infantil amadureça

Não querem saber o quanto eu cresça

Mas não peça que eu supere essa doença

Quantos versos eu preciso tacar ao vento para que note?

Porém fico contente com as páginas que voam sob o monte

Estou fatigado de suportar esses momentos descontente

Mas em minhas lágrimas restam apenas direcionar a outro remetente

São quatro e vinte e tres, mas nessas horas já não me ligo

Se ao menos eu tivesse o privilégio de ser apático e não carregar mais dores

Talvez eu não tivesse a tua marcante companhia

Mas ainda estou acompanhado desta mesma solidão

Alvaro Kitro
Enviado por Alvaro Kitro em 08/04/2023
Código do texto: T7758579
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