Meus olhos choravam sangue.
Expeliam a dor líquida
que lavava a alma incandescente.

Os olhos da vítima.

 

Meus olhos choravam sangue.
Nunca mais lhe verei.
Nunca mais lhe surpreenderei

com seus gestos

em meio ao mangue.

 

Sangrava por lágrimas
Líquidas.
Leves
e mágicas.

 

Não poderia fazer o tempo voltar.
Não poderia reescrever a estória.
E, no rascunho que guardei
havia vestígios 
de todos litígios
que contavam a história.

Chorava e sangrava
Expelia a dor e me libertava.

 

Quando lhe verei novamente?

Talvez depois de morta
quando adentrar a eternidade secreta
ou o infinito concreto.

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 26/05/2023
Código do texto: T7798215
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