As poesias que se foram com o vento

Agora quando escrevo eu choro

Sinto uma agonia no meu peito

Tantos versos e ainda não sai pra fora essa tortura

Ferindo o meu moribundo coração

Estou pálida e descalça

As horas ficam estagnadas

Minhas mãos sangrando a dor que só eu imagino ter

Oh hemorragia do meu Ser

Qualquer hora irei morrer

Pois agora me pego olhando pro céu

A nuca dói de tanto se inclinar

Será que irei pro céu?

Sou uma poeta coitada

A viver por esperança de ser feliz

Ouço o som de um violino

Como se quebra uma vértebra das costas

Minha alma andando torta dentro do corpo

Ai meu osso!

Até quando irei suportar essa melancolia que me cobre como um manto

Pois passo fome de poesia

E quando tento escrever me falta forças

E eu choro, choro e choro

Luciana dos Anjos
Enviado por Luciana dos Anjos em 09/06/2023
Código do texto: T7809251
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